Conteúdo criado por humano.
Há dois meses, no fim de uma manhã chuvosa de sábado, andei pelo Centro de Curitiba, entre a Rua Augusto Stellfeld e o Edifício Tijucas, e me senti em outra cidade. Na verdade, sinto isso desde 2021 ou 2022, quando experimentamos o novo normal, depois da pandemia de covid-19. A cada passeio pelas diferentes regiões do Centro da cidade, eu acumulava sensações de estranhamento e inadequação e o ápice veio naquele sábado chuvoso. Por várias quadras, não encontrei ninguém que estivesse apenas andando pela rua, como eu. Encontrei somente moradores de rua e esse cenário me levou para as ruas de São Francisco, na Califórnia, onde vivi essa experiência pela primeira vez, e de modo exponencial. Mais adiante, a realidade mudou um pouco. Eu via pessoas saindo dos prédios e entrando em lanchonetes e padarias. Também ouvia tilintar de pratos e copos. Enfim, percebi que, como era sábado, era uma espécie de café da manhã tardio. Além disso, eu me deparei com quatro ou cinco lavanderias no espaço reduzido de duas quadras. Será que eu havia entrado em uma dobra do tempo e acabei nas ruas de Nova Iorque?
No período pós-pandemia, a crise financeira e o avanço tecnológico ocasionaram o esvaziamento das cidades. Não havia dinheiro para gastar e, quando havia, todos preferiam comprar on-line. Um único site oferta vários tipos de produtos e há a facilidade do delivery. Junto com a falta de dinheiro, que, muitas vezes, estava relacionada à falta de emprego e à inflação, veio a falência, já que poucos estabelecimentos resistiram aos impactos causados pelo isolamento social. Portanto, com o fim da pandemia, a cidade se transformou em um território distópico, com poucas pessoas nas ruas, pichações, lojas fechadas, prédios abandonados e uma população maior de moradores de rua.
É verdade que, durante a tragédia do covid-19, a cidade ficou absolutamente deserta (Fig.1). No entanto, naquele tempo, apesar do medo e do pesar diários, o Centro ainda conseguia manter sua beleza. As ruas estavam limpas e o comércio ainda estava ali, intacto, à espera de que aqueles dias sombrios passassem logo. No início, havia perspectiva de retomada. Contudo, os meses foram passando, as medidas de proteção foram se tornando cada vez mais rígidas, as mortes aumentaram e tudo começou a ruir. Muitas famílias e muitos comerciantes tiveram suas vidas redefinidas naquela época: antes e depois da pandemia. Em um piscar de olhos, tudo mudou...
Figura 1: Rua XV, esquina com a Rua Monsenhor Celso, no Centro de Curitiba, menos de um mês após o início da pandemia de covid-19.
Imagem disponível em: https://www.fecomerciopr.com.br/sala-de-imprensa/noticia/comercio-de-curitiba-volta-a-funcionar-mas-precisa-seguir-uma-serie-de-recomendacoes/
Hoje, mais de quatro anos depois, o cenário de Curitiba é desolador. Nenhuma foto é capaz de captar a degradação que percebo, quando ando pelas ruas da minha amada cidade. Acho que isso acontece porque talvez eu sempre tenha enxergado tudo com bons olhos. Curitiba era, de fato, mais bonita e melhor? Ou será que ela nunca foi, mas eu costumava vê-la desta forma ― utópica e romantizada?
A Curitiba que vejo hoje é distópica. Tudo parece ter sido arruinado. As coisas estão degradadas, sujas, fora de lugar. As pessoas apresentam animosidade constante e não me sinto mais segura, em determinados lugares.
Distopia é o conceito utilizado na arte e na filosofia para descrever uma realidade devastada por consequências políticas, tecnológicas ou ambientais – para resumir, é o oposto de uma utopia. A ideia de um futuro no qual o planeta ruma a essas condições é de grande inspiração para artistas ao redor do mundo nas mais diversas áreas, da literatura à ilustração, principalmente quando a realidade vivida em determinada época aponta para essa possibilidade, ou mesmo inevitabilidade. (MEDEIROS, 2024)
O conceito parece bastante adequado para exprimir o que vivemos hoje, em qualquer lugar do mundo. As tensões políticas são muitas, a tecnologia digital está sabotando as relações “humanas” e a crise climática dá sinais constantes, com prognósticos nada animadores. Aonde vamos parar com tudo isso?
Em meio a essa percepção de que o mundo tão sonhado do novo milênio não tem nada de admirável e que, em vez disso, tem se mostrado bastante chato, solitário e impessoal, visitei duas exposições comemorativas dos 100 anos de Poty Lazzarotto. Poty também era curitibano e, como eu, era apaixonado por sua cidade. Dessa forma, a viagem que fiz, pelo passado do artista e pelas representações que nos apresentam a Curitiba dele, me fez tentar resgatar minha própria cidade ― “província, cárcere, lar” (TREVISAN, 1992, p. 9), mesmo sabendo que talvez essa imagem só exista para mim, para o saudoso Poty e para alguns personagens de Dalton Trevisan.
A primeira vez em que li o livro Em busca de Curitiba perdida, de Dalton Trevisan, foi no Curso de Letras. Hoje, 30 anos depois, voltei a essa obra e pude ver com outros olhos o antagonismo que o autor propõe entre o “Hino oficial de Curitiba”, escrito por Ciro Silva, e os contos e poemas que integram a coletânea. O abismo entre as várias Curitibas que surgem nos textos se tornou mais compreensível para mim...
Nessa releitura, resolvi me deter sobre quatro títulos: os contos “Em busca de Curitiba perdida” (que dá nome ao livro) e “Lamentações de Curitiba”; e os poemas “Canção do exílio” e “Curitiba revisitada”. Seguindo essa ordem, começo parafraseando Dalton Trevisan (1992, p. 9), já que descobri que, a exemplo do narrador do conto-título, eu também não viajo todas as Curitibas. Viajo a Curitiba dos pontos de ônibus azuis arroxeados, dos cinemas de rua (Plaza, Bristol, Astor e Condor, que, para mim, era um dos mais charmosos), da tradicional carne de onça, dos supermercados Real e Demeterco, dos gritos de “Borboleta 13... Corre hoje! Borboleta 13... Federal!” ― em pleno Calçadão da XV, dos áureos tempos da lanchonete La Gondola, dos apitos da fábrica Lucinda, do sabor inconfundível dos biscoitos Glória, da velha caixa d’água verde e branca do bairro do Bacacheri e das banquinhas, que, no passado, vendiam mais jornais e revistas do que doces e salgados...
Viajo aquela Curitiba que existia muito antes de o pierogi ser considerado um prato típico daqui, antes de as capivaras serem consideradas o símbolo da cidade, antes dos títulos de Capital Ecológica e Capital do Rock, bem antes da Família Folha e muito antes dos acrílicos azuis e das estações-tubo.
Naquele tempo, que é o meu tempo (Fig. 2), não havia fast-food, nem Mc Donald’s. Um bom lanche resumia-se a um X-salada ou a uma pizza brotinho. Para beber, pedíamos uma Wimi ou um Teem. E, de sobremesa, um sundae ou uma banana split.
Figura 2: Rua XV, em Curitiba, na década de 1970.
Imagem disponível em: https://memoriaparanaense.com.br/2023/04/11/nos-anos-1970-curitiba-ficou-conhecida-como-cidade-modelo/
Há 40 ou 50 anos, nas manhãs de sábado, eu e outras crianças da minha idade íamos pintar na Rua XV. Um papel em metro era desenrolado desde a altura da Rua Riachuelo até o Bondinho das Flores. Suportes em madeira separavam a imensa folha em telas de sulfite e, além de podermos pintar livremente, depois andávamos por todo o Calçadão, apreciando nossa própria pintura e também as obras de arte das outras crianças. Era um programa comum entre as famílias curitibanas da época.
No mesmo período, o Parque Alvorada era diversão garantida. Em frente à Praça do Homem Nu e ao Passeio Público, sempre que íamos lá, fazíamos programa duplo. Primeiro, íamos ver os micos e a pantera negra do Passeio. Andávamos de pedalinho pelas águas verdes do parque e comíamos pipoca, sempre bem longe das grades, para que os micos não viessem roubar nosso lanche. Se fosse sábado, a feijoada no Bar do Pasquale era obrigatória para os adultos e, nós, crianças, nunca deixávamos de pedir uma porção de batatas fritas. Depois, íamos ao Parque Alvorada, onde comíamos maçã do amor e podíamos ir a quase todos os brinquedos. A única exceção era o Chapéu Mexicano, que minha mãe dizia ser perigoso demais!
Hoje, temos o Mercado Central, na Rui Barbosa. Porém, antes disso, as barraquinhas ocupavam boa parte da praça, paralelas à rua dos ônibus. Chamávamos esse conglomerado de “os camelôs da Rui Barbosa”, mas, naquele tempo, ainda podíamos usar a palavra “camelô”, sem nos preocupar com as consequências disso. Inclusive, aos sábados, curitibanos e turistas não perdiam a Feirinha da Rui Barbosa, que era realizada nesse dia para não competir com a outra atração de artesanato muito famosa por aqui, a Feirinha do Largo, realizada todo domingo. Aliás, falando desse ponto turístico, é preciso mencionar que, antigamente, o Relógio das Flores era bonito e colorido, sempre enfeitado com flores da estação (Fig. 3). Além disso, o relógio funcionava de verdade, ao contrário de hoje, quando os ponteiros estão inertes, enferrujados e sem nenhuma flor ao redor. Há, no máximo, folhagens verdes, em meio à grama também verde, alguns galhos secos e outros ramos de mato, estragando o que antes era um símbolo da capital paranaense...
Figura 3: Relógio das Flores, no Largo da Ordem, em Curitiba, nos anos 1980
Imagem disponível em: https://br.pinterest.com/pin/334884922274907286/
Indicando a chegada da modernidade à província de Curitiba, em 1982 foi inaugurado o primeiro shopping center, o Itália, que tinha uma máquina de sorvete (italiano, claro) e até cinema no último andar (e isso, naquela época, representava uma grande inovação!). No ano seguinte, em 1983, surgiu o Mueller, que, até hoje, é o meu preferido. Lembro que, mais de 10 anos depois da inauguração, a vidente Mãe Dinah, que quase todo domingo aparecia no programa do Augusto Liberato (o Gugu), previu que o Mueller ia desabar. Apesar de isso ter assustado muitas pessoas, não deixei de ir lá, mas meus pais me orientavam sobre como proceder, caso houvesse o menor sinal de bomba ou correria (hahaha). No entanto, isso deixou marcas profundas no imaginário dos curitibanos, já que, recentemente, encontrei comentários, em çhats da Internet, de pessoas que até hoje se recusam a ir ao Mueller, porque têm medo de que a previsão da Mãe Dinah se torne realidade!
No início dos anos 1990, um shopping menor e mais popular foi construído na Praça Generoso Marques, bem no coração de Curitiba. Era o Mounif Tacla, primeiro grande investimento do grupo que, depois, dominou o setor, tornando-se dono dos shoppings Palladium e Jockey Plaza. Na mesma década, já na era Lerner, uma sensação tomou conta da rotina dos curitibanos. Tratava-se da Rua 24 Horas, cuja estrutura, com aros arredondados de ferro, não era mera coincidência. Essa obra arquitetônica é irmã gêmea das estações-tubo, do Jardim Botânico e da Ópera de Arame. Embora a Rua 24 Horas exista até hoje, não é mais a mesma coisa. Quando foi criada, ela fazia jus ao nome e, de fato, funcionava durante as 24 horas do dia. Naquela época, eu era adolescente e era comum sairmos de alguma danceteria ou de uma festa e esticarmos o programa na Rua 24 Horas, que não dormia nunca. Como era novidade, lá os bares e restaurantes eram melhores, e também mais caros, mas não havia nenhum espaço vago na rua. Todas as lojas funcionavam e as luzes estavam sempre acesas, naquele lugar que tinha se tornado o point mais cobiçado da cidade ― pelos comerciantes, pelos turistas e pelos próprios curitibanos. A Rua 24 Horas era puro glamour!
Em 1996, a moda do vidro, que já estava gerando comentários nos projetos assinados por Jaime Lerner e companhia, impressionou ainda mais com a inauguração do shopping Crystal Plaza. Sim, originalmente, a construção era toda de vidro. Era muito bonita, parecendo um lago de águas calmas e esverdeadas, bem no meio da cidade grande. O Crystal, além de ser chiquérrimo, combinava perfeitamente com a aristocrática da região do Batel. No entanto, hoje, não é mais possível apreciar toda a beleza desse shopping, já que, na entrada principal, foi colocado um painel imenso, de aparência enferrujada, que tira toda a luz e a transparência que, antes, surpreendiam a todos ― curitibanos e turistas.
No final do milênio, em 1999, a pesquisadora Beatriz Resende constatou o que chamou de “súbito desaparecimento da cidade na ficção brasileira”, mas o curioso é que, até onde sei, a literatura curitibana não se encaixava nessa tendência. Durante os anos 1960, 1970, 1980 e 1990, escritores como Dalton Trevisan, Valêncio Xavier e Cristovão Tezza consolidaram certo bairrismo literário, ao usarem ruas e lugares de Curitiba como cenário de suas narrativas. Entretanto, Curitiba e outras poucas cidades brasileiras parecem ter sido os últimos redutos em que, às vésperas de um novo tempo, que se apresentava sob a égide futurista, o regionalismo ainda era exaltado. Talvez isso explique também o meu sentimento pela pátria curitibana, Cidade “Sorriso”, dos pinhais e da gralha azul.
Apesar de Curitiba ter se desviado da predominância apresentada por Beatriz Resende, não resta dúvida de que a ausência do espaço urbano na literatura já era um sintoma da diluição do espaço e das fronteiras, anunciando a chegada dos anos 2000. O que antes víamos apenas nos filmes de ficção científica seria experimentado na realidade. O futuro tinha chegado e se caracterizava pelo não lugar e pelas aldeias globais, em consequência dos avanços tecnológicos. Evidentemente, isso se acirrou ao longo dos anos e, pouco a pouco, a comunicação, as relações humanas, bem como as noções e as limitações de tempo e espaço foram completamente redefinidas. Nesse novo cenário, é certo que não há mais lugar para a minha Curitiba ou para a Curitiba de qualquer pessoa que ainda sonhe com o passado. Como afirmou Beatriz Resende, tudo não passa de representações. Investimos na construção “de uma cidade da memória”. Mas, afinal:
É real ou imaginária a cidade da memória?
[...]
Cidade imaginária, cidade da fantasia, que cidade então seria a cidade real? A cidade virtual do mundo dos negócios, a cidade cinzenta do mundo do trabalho, a geografia urbana que se atravessa cotidianamente? (RESENDE, 2024)
Infelizmente, tenho que admitir que minha Curitiba não é mais real. “A espada veio sobre Curitiba, e Curitiba foi, não é mais” (TREVISAN, 1992, p. 16). Da cidade que vivi e que ainda lembro com tanto carinho, resta pouca coisa. Os pinheiros ainda estão aqui, mas “o sabiá não canta mais” (TREVISAN, 1992, p. 44). Felizmente, moro em um lugar que tem um lindo ipê amarelo, que posso ver da janela do meu quarto, e sempre posso ver e ouvir muito sabiás. Apesar disso, a cada dia que passa, eu compreendo melhor o sentimento do eu-lírico de “Curitiba revisitada”, principalmente quando ele se apresenta como “sobrevivente duma cidade fantasma” (TREVISAN, 1992, p. 90). Curitiba, depois da pandemia de covid-19, virou uma cidade fantasma para mim:
[...]
não te reconheço Curitiba a mim já não conheço
a mesma não é outro eu sou
nosso caso passional morreu de malamorte
[...]
essa tua cidade não é a minha
bicho daqui não sou (TREVISAN, 1992, p. 88-89)
Essa Curitiba que vemos hoje é real para você? Porque não parece real para mim... Parece coisa de cinema. No entanto, recentemente, vivemos tragédias que também pareciam coisa de filme, mas que foram bem reais. O ataque às torres gêmeas (2001), a epidemia de H1N1 (2009), a pandemia de covid-19 (2020), a Guerra da Ucrânia (2022), a Guerra entre Israel e Hamas (2023)...
Talvez, então, uma cidade real simplesmente não exista... Afinal, o que é real? E para quem? Acho que, no fim das contas, na ânsia de tentar preservar o passado, a utopia acaba vencendo. Dessa forma, cada pessoa cria seu próprio microcosmo, uma espécie de paraíso pessoal, com mais coisas boas do que más, e essa representação corresponde não ao espaço urbano em si, mas às perspectivas e aos sonhos de quem imagina a cidade daquela maneira.
Portanto, na minha Curitiba ― da minha realidade e da minha memória ―, já defini meu roteiro preferido: Boa Vista, Santa Cândida, Atuba, Bacacheri, Cabral, Juvevê, Ahú, o Centro da cidade (do Passeio Público até o Teatro Guaíra, das praças Generoso Marques e Tiradentes até o Largo da Ordem; das Ruínas de São Francisco até o Calçadão da Rua XV; e da Praça Rui Barbosa até o início da Avenida Batel) e, por fim, Seminário, Campina do Siqueira e Campo Comprido, incluindo as regiões do Parque Barigui e do Clube de Campo Três Marias. Nesses lugares eu nasci e cresci e, por isso, eles resumem a minha cidade ― tão perto, mas ao mesmo tempo tão longe...
REFERÊNCIAS
MEDEIROS, A. F. de. “Plasma”: acessórios de moda feitos para a distopia. Disponível em: <https://www.itaucultural.org.br/secoes/entrevista/plasma-acessorios-moda-feitos-distopia>. Acesso em: 16 jul. 2024.
RESENDE, B. O súbito desaparecimento da cidade na ficção brasileira dos anos 90. Disponível em: <https://educacaopublica.cecierj.edu.br/artigos/2/1/o-subito-desaparecimento-da-cidade-na-ficcao-brasileira-dos-anos-90>. Acesso em: 16 jul. 2024.
TREVISAN, D. Em busca de Curitiba perdida. Rio de Janeiro: Record, 1992.
--------------------------------------
Verônica Daniel Kobs: Professora e Coordenadora do Mestrado e do Doutorado em Teoria Literária da UNIANDRADE. Autora e fundadora do blog Interartes (https://danielkobsveronica.wixsite.com/interartes) e do blog Sarau Literário (http://teorialiterariauniandrade.blogspot.com/). Em 2018, concluiu o Pós-Doutorado na área de Literatura e Intermidialidade, realizado na UFPR. Atualmente, é pesquisadora na área de Literatura, Novas Mídias e Tecnologia Digital.
Caso deseje comentar o texto que você acabou de ler, basta escrever para danielkobs.veronica@gmail.com. Será um prazer conhecer sua opinião.
Acesse o blog Interartes pelo QR code:
Comments